O encontro desta sexta-feira (23) foi dividido em três painéis. O primeiro, às 9h15, discutiu drogas e criminalidade. Participaram Daniel Mejía Londoño, professor de economia da Universidade dos Andes, e Mark Albert Kleiman, da Escola de Política Pública da Universidade da Califórnia. A mediação foi de Carolina Ricardo, analista de justiça e segurança pública do Instituto Sou da Paz.
Os dois primeiros debatedores concordaram que a guerra contra as drogas custa mais do que os
benefícios que pode proporcionar à sociedade. "Políticas de redução de oferta de drogas são ineficientes em reduzir a oferta", disse Mejía, sobre a atividade de governos em atacar produtores de entorpecentes. Pior, segundo ele, a estratégia só aumenta os recursos gastos com segurança e transfere para os países produtores o ônus de resolver o problema de drogas nos países consumidores, assumindo as mortes e criminalidade da guerra contra o narcotráfico.
"É preciso reduzir os efeitos colaterais do mercado ilícito de drogas. O uso do aparelho do Estado não deve restringir o tráfico explícito, n 13h19 Encerramos neste momento a cobertura em tempo real dos Fóruns Estadão Brasil 2018. Obrigado e tenha um bom dia! 13h18 Na próximo dia 28, o Estado publica um caderno especial com os melhores momentos do debate, reportagens, análises e entrevistas sobre os caminhos da Educação no Brasil nos próximos quatro anos. 13h17 Termina o debate. 13h08 "Não vamos reduzir índices de violência com aumentos pontuais em penas de prisão. Temos de trabalhar com ideias de penas mais inteligentes", diz Theo Dias. 13h06 Marcelo Godoy: "Como conciliar o atendimento aos anseios da população por segurança e punição com o tratamento devido ao encarcerado?" 12h59 João Manoel Pinho de Mello: "Prisão perpétua não. Mas em alguns casos, talvez possa funcionar aumentar certas penas de cinco para dez anos". 12h56 Theo Dias: "Não acredito no sistema draconiano norte-americano. Não acho que faça diferença condenar por 20 ou 50 anos. Não vejo a prisão perpétua como solução, a não a fim de satisfazer o clamor social". 12h51 Pergunta de Silas Eduardo, da plateia: "Há espaço no direito penal para a prisão perpétua?" 12h42 Para João Manoel Pinho de Mello, o sistema penal mais próximo do ideal deveria reduzir custos advindos da criminalidade e isso não acontece. 12h39 "Do ponto de vista científico, a segurança é sub-estudada no Brasil. Não existem departamentos de criminologia em nossas universidades", afirma João Manoel Mello. 12h37 "É extremamente importante que levemos esse debate sobre segurança aos níveis racionais, científicos. Acabar com achismos", afirma João Manoel Pinho de Mello, professor titular do Insper. 12h35 "As penas de corrupção aumentaram e nem por isso a corrupção diminuiu. Nossas leis nessa área são semelhantes às da Alemanha. A resposta eficaz está em como são exercidas", finaliza Theo Dias, professor de direito penal da Fundação Getúlio Vargas. 12h33 "Como punir? O debate não pode se restringir a penas de prisão. Temos de discutir outras punições, como as penas alternativas. Temos de usar o direito penal como instrumento para solução dos conflitos e não uma tábua de salvação", diz Theo Dias. 12h28 "A pena atemoriza? A ideia de que sim parte de uma visão iluminista de que se trata com seres racionais. Mas na nossa sociedade esse ser, de fato, existe?", indaga Theo Dias. 12h26 Theo Dias: "Em todo mundo ocidental há uma enorme demanda por penas. O sistema político responde a isso de maneira fácil. Cria-se uma lei penal e pronto. E há uma constante sensação de insegurança que sustenta tal política. É como se o problema fosse a dose do remédio e não qual é o remédio".ACOMPANHE AO VIVO
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